arrepio

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as cicatrizes no muro que ergues, as frestas

por onde espias o mundo de estúrdias sensações

teus olhos áscuas e a loiça do rosto a rebrilhar

a surpresa ardente. os arrepios que medram como patas de escolopendra. o lábio quente e frio

o pingo de suor pela têmpora

vultos que vão e vêm com ar sequestrador espiam

os bastidores do teu olhar, sabem-te

notórios pela infâmia que tecem..

e retrais-te, por instinto, como se aranhas

pernoitassem no teu umbigo!

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Luís R Santos
Enviado por Luís R Santos em 18/03/2016
Código do texto: T5577770
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