arrepio
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as cicatrizes no muro que ergues, as frestas
por onde espias o mundo de estúrdias sensações
teus olhos áscuas e a loiça do rosto a rebrilhar
a surpresa ardente. os arrepios que medram como patas de escolopendra. o lábio quente e frio
o pingo de suor pela têmpora
vultos que vão e vêm com ar sequestrador espiam
os bastidores do teu olhar, sabem-te
notórios pela infâmia que tecem..
e retrais-te, por instinto, como se aranhas
pernoitassem no teu umbigo!
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