Em estado de cama
Para Márcio Di Antonino
Quando teu sexo
Toca meu céu
Me faço de terra-mãe
Que se sabe estéril
E se deleita com a idéia
De gerar.
Não uma cria, ou filho, mas
Um deus-menino-poeta
Que se transmuta em idéia-sentimento
A que chamam por aí desejo e a quem meu corpo
Grita frêmito:
Carne.
Não em nacos.
Inteireza confinada na carne.
Aguda, agônica, lancinante.