Poema morto

Hoje o sol não brilhou

e minha manhã, como tantas manhãs,

não tinha o cheiro da relva.

Uma lágrima escorre meu rosto

Não chorei; é a alma que chora.

A dor insiste em ficar

As mãos tremem

Os lábios tremem

Uma nuvem de medo se instala.

Nem todos sorriem

Nem todos sabem

Tempos difíceis estão no horizonte.