Fjord

Fjord

Geleiras, rumo contido

Pouca chance para o sol

A noite apura a Lua

Como prata num crisol

Nuas, as rochas se encaram

Sem se tocarem, jamais

Despidas de toda a neve

Porém, calor... nunca mais

Eterna contemplação

Confinada aos olhares

De lágrimas derretidas

Que formam rios e mares

Possibilitam, assim,

A navegação humana

Que passa, sem suspeitar

Daquele terrível drama

Púrpuras flores recobrem

As solitárias pedreiras

Embelezam a dureza

De suas mútuas fronteiras.

Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 17/03/2016
Código do texto: T5576341
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