Fjord
Fjord
Geleiras, rumo contido
Pouca chance para o sol
A noite apura a Lua
Como prata num crisol
Nuas, as rochas se encaram
Sem se tocarem, jamais
Despidas de toda a neve
Porém, calor... nunca mais
Eterna contemplação
Confinada aos olhares
De lágrimas derretidas
Que formam rios e mares
Possibilitam, assim,
A navegação humana
Que passa, sem suspeitar
Daquele terrível drama
Púrpuras flores recobrem
As solitárias pedreiras
Embelezam a dureza
De suas mútuas fronteiras.