NUM INSTANTE CARNE
NUM INSTANTE CARNE
MUSICA DE LEITURA: Ella Fitzgerald - Cry me a river
Na madrugada via-se pouca luz
no velório do quarto
ouviam-se cantos sonoros
quase orações de beatas
sobre um nascente parto
nenhum movimento
só o vento resolvendo
inventar movimentos
de todos os lados
do que soprava
fazia parecer um enterro
pelas flores na janela
a vontade do curioso
que desata sua alma
saindo pra ensaiar
o rebento do oratório
contra os demoníacos
eles foram vistos à tarde
depois logo a noite
além das horas do sono
desenvolvendo sua pele
pela escada meio tontos
sem rir de nada sóbrio
rindo de tudo que era
vivo e incomoda
por estarem ao vivo
do que nas telas
onde o proibido pode ser
desligado
desligados do mundo vivo
erravam portas
eram todas parecidas
claves sonoras em mais
uma fala que desonra
qual era mesmo o número
do teu quarto
o senhor de branco
em pose de acamado
vocifera um tom acima
do contralto
quem de assalto
me reserva suas tolices
de amantes
quando faz inverno
cá dentro
e meus olhos ainda abertos
tem inferno querendo
sair
a dama porque dança
uma valsa descoberta
de rugas
num baby-doll preto curto
lacrimeja suas carências
com tédio enciumado
sobre as roupas dos voláteis
querendo bebê-las por surto
calórico
onde é mesmo sua porta
ela clama pela falta
do lugar pro episódio
de ser desposada
como dá primeira vez
como dá primeira vez
lento e gracioso
depois leve fascinante
termine violento e audaz
deixa-me procurando saídas
encontrar desvios
meu rio de veias desaguando
na foz
não permita
que nenhuma saída
seja secreta pra nós.
IN MEAT MOMENT
At dawn village-low light
in the fourth funeral
were heard sound corners
almost prayers butts
on a rising birth
no movement
only the wind solving
invent moves
from all sides
the blowing
him look like a funeral
the flowers in the window
the will of the curious
unfastening his soul
leaving to rehearse
the offspring of the oratorio
against evil
they were seen in the afternoon
then soon the night
addition of hours of sleep
developing your skin
the stairs through tontos
not laugh at anything sober
laughing at everything he
live and disturbs
because they live
than in screens
where prohibited can be
off
off of the living world
erred doors
They were all alike
claves sound more
a line that dishonor
which was the same number
your bedroom
Mr. White
pose of bedridden
barks one step up
contralto
who assault
I reserve their follies
lovers
When does winter
here within
and my eyes still open
Hell is wanting
get out
the lady because dance
a discovery waltz
wrinkle
a short black baby-doll
lacrimeja their needs
with jealous boredom
on the clothes of volatile
wanting to drink them by outbreak
caloric
where it is your door
she cries out for lack
Pro episode place
be betrothed
and gives first time
and gives first time
slow and graceful
light after fascinating
end violent and daring
let me reaching out
find deviations
My river flowing into veins
at the mouth
do not allow
that no output
is secret to us.