No marulhar do Rio São Francisco
No marulhar do rio
Fecho os olhos
Escuto sua prece
O soluço entrecortado
No pedido urgente:
“não esqueça de mim
Preserve a minha nascente
Não desvie a minha água
Para todo o sertão
Não sou tão forte assim
Sou único e não posso socorrer a todos
Anistia para mim...
Também tenho sede
Tenho fome
Preciso de roupagens novas
Para renovar e conseguir
Águas serenas e límpidas.
O mar me espera
Deixe-me lá chegar
Misturar minhas lágrimas
Com as canções do mar.
Juraci de Oliveira
Pirapora,
www.jurainverso.kit.net