No marulhar do Rio São Francisco

No marulhar do rio

Fecho os olhos

Escuto sua prece

O soluço entrecortado

No pedido urgente:

“não esqueça de mim

Preserve a minha nascente

Não desvie a minha água

Para todo o sertão

Não sou tão forte assim

Sou único e não posso socorrer a todos

Anistia para mim...

Também tenho sede

Tenho fome

Preciso de roupagens novas

Para renovar e conseguir

Águas serenas e límpidas.

O mar me espera

Deixe-me lá chegar

Misturar minhas lágrimas

Com as canções do mar.

Juraci de Oliveira

Pirapora,

www.jurainverso.kit.net

Juraci Oliveira
Enviado por Juraci Oliveira em 02/10/2005
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