Tarde de pescador

O sol morre na serra

Refletindo seu brilho na água

Árvores formam montanhas

Pescadores cantando suas mágoas

Parece solitário mas não é

Há cantos vindos de todos os lados

A garça branca voa desconfiada

Piaba samba no bico do mergulhão alado

Uma brisa fria navega lenta

Junto ao barqueiro suado e melancólico

Com o remo corta a água barrenta

E a saudade da morena formosa

Morena de olhos castanhos

De boca doce como o mel

A esperar pelo regresso do barqueiro

Tarde da noite já estrelas no céu.

Juraci de Oliveira

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Pirapora MG

Juraci Oliveira
Enviado por Juraci Oliveira em 02/10/2005
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