Tarde de pescador
O sol morre na serra
Refletindo seu brilho na água
Árvores formam montanhas
Pescadores cantando suas mágoas
Parece solitário mas não é
Há cantos vindos de todos os lados
A garça branca voa desconfiada
Piaba samba no bico do mergulhão alado
Uma brisa fria navega lenta
Junto ao barqueiro suado e melancólico
Com o remo corta a água barrenta
E a saudade da morena formosa
Morena de olhos castanhos
De boca doce como o mel
A esperar pelo regresso do barqueiro
Tarde da noite já estrelas no céu.
Juraci de Oliveira
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Pirapora MG