Café com Pássaros e Poesia

Deixei a chaleira no fogo

pra passar café fresquinho

no beiral cantava o joão-bobo

cuidando zeloso o seu ninho

na laranjeira vistosa

sabiá fazia sinfonia

no café tico-tico garboso

dava o tom da melodia

no capim-cidreira sozinho

trinava o belo bigodinho

em dueto beirando a graminha

grassavam duas coleirinhas

nhambú eu ouvia de longe

piando seu canto tristonho

ao contrário do canário-terra

que estridente parecia um sonho

bem longe o galo-campina

poetizava sua sina

e eu aqui da varanda

recomeçava meu dia

com lápis e um caderninho

observava essa aurora

com meu café sem demora

compus essa poesia.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 15/03/2016
Código do texto: T5574182
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.