A esperança dorme em um pote de barro.
Que sede sente a alma dos justos!
A vida é um espelho
De tantos reflexos distorcidos,
Parte, cegueira dos astros,
Parte, saudade do espaço.
A vida é um espelho
Da alma sentida em dores,
Releituras dos seus amores.
O aço do outro lado chora,
Como a pétala que aflora a flor,
Sentida a seca lágrima
Que escorre na face abatida.
O espelho mostra a verdadeira sombra
Em que habita o coração marcado,
Negro vestido das noites tristes
E a razão de sonhos inacabados.
Dentro do peito desprovido de escudo
A lança crava a lâmina da traição.
Vai ao chão o corpo débil,
Como um réptil desfalecido.
Queria a Lua dominar os céus,
O mar ordenar os oceanos,
A saudade devolver o que foi perdido,
O amor reinar sobre a vida.
Mas o espelho se partiu em cacos
E cada pedaço reflete um destino,
No fim de tudo restará apenas
A imensa imagem da solidão.
Que sede sente a alma dos justos!
A vida é um espelho
De tantos reflexos distorcidos,
Parte, cegueira dos astros,
Parte, saudade do espaço.
A vida é um espelho
Da alma sentida em dores,
Releituras dos seus amores.
O aço do outro lado chora,
Como a pétala que aflora a flor,
Sentida a seca lágrima
Que escorre na face abatida.
O espelho mostra a verdadeira sombra
Em que habita o coração marcado,
Negro vestido das noites tristes
E a razão de sonhos inacabados.
Dentro do peito desprovido de escudo
A lança crava a lâmina da traição.
Vai ao chão o corpo débil,
Como um réptil desfalecido.
Queria a Lua dominar os céus,
O mar ordenar os oceanos,
A saudade devolver o que foi perdido,
O amor reinar sobre a vida.
Mas o espelho se partiu em cacos
E cada pedaço reflete um destino,
No fim de tudo restará apenas
A imensa imagem da solidão.