TERROR
Não é filme, não é pois simples fantasma,
contudo gente frouxa sem ectoplasma,
preocupada com fortes fama e posição,
malfadada com cortes, trama sem coração.
Medrosos, reacionários, conservadores,
chorosos, milionários, aproveitadores
da boa correta labuta de trabalhadores
– à toa, porreta, putada de exploradores!
São patrões, chefões, chefetes desumanos
e tostões, quinhões, chicletes americanos
em antagônicos cantos do foder e do lenhado.
Precário na mais-valia de prontas decências,
cenário do dia a dia de tantas carências,
vão aos lacônicos prantos: do poder e do mandado.
Salvador, 2006.
Poema publicado na obra do autor Desabafo em versos (2006, p. 119).