TERROR

Não é filme, não é pois simples fantasma,

contudo gente frouxa sem ectoplasma,

preocupada com fortes fama e posição,

malfadada com cortes, trama sem coração.

Medrosos, reacionários, conservadores,

chorosos, milionários, aproveitadores

da boa correta labuta de trabalhadores

– à toa, porreta, putada de exploradores!

São patrões, chefões, chefetes desumanos

e tostões, quinhões, chicletes americanos

em antagônicos cantos do foder e do lenhado.

Precário na mais-valia de prontas decências,

cenário do dia a dia de tantas carências,

vão aos lacônicos prantos: do poder e do mandado.

Salvador, 2006.

Poema publicado na obra do autor Desabafo em versos (2006, p. 119).

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 14/03/2016
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