CANTO SUBLIME
CANTO SUBLIME
Sempre há canto sublime
quando o pleno amor
prevalece no íntimo
da alma, que canta
silenciosa a bela canção
a emergir do esplendor
do ocaso, pondo fim
efêmero à luz solar tão
gloriosa. Para cantar,
a alma se inspira no cheiro
silvestre da flor, que, já
sem o orvalho da manhã,
ostenta a beleza vegetal
maviosa; o pleno amor
na alma sensível, gera
o canto poético, tão
semeador do bem moral,
que melhora a índole
da alma maldosa.
Cada instante de canto
sublime eleva a alma
poética às alturas astrais;
de onde provêm os fluidos
espirituais artísticos,
através da mediunidade
inspiradora. Embora o canto
silencioso seja ouvido,
sobretudo, pelos bons
irmãos de luzes celestiais,
algumas almas encarnadas
sensíveis, também absorvem,
pela música ou pela poesia,
as virtuosas mensagens
reveladoras. No silêncio
da alma, brota o canto
sublime, tão repleto
de poesia, quando o pleno
amor, qual bem que depura,
ilumina a sua paisagem
interior; por fim, enquanto
o ocaso renova o seu
esplendor no fim de cada
dia, realça a beleza da alma
em seu poético labor.
Escritor Adilson Fontoura