O tergiversante de si

Transeunte do cosmos

Vaga sem âncoras ao caminhar

Somente leva consigo

Um amor desinteressado para dar

Submerso em si mesmo

Transborda emoções em tudo que está a observar

Sempre reinventando suas concepções

E dançando sobre os clarões que aos poucos surgirá

Seu arcabouço de mazelas

Não o esconde

Vezes, vai visitar

Os segundos da sua bem-aventurança

Atuam como uma compensação a qualquer adversidade que há de encontrar

Em mergulhos profundos

Enxerga o que tem de aprimorar

Inóspito era o seu templo

Que hoje faz limpezas para adentrar

Cuida do corpo e sua alma

Para as mazelas não somatizar

Cheio de firulas filosóficas

Pensamentos que estão sempre há o acompanhar

Se contradiz

Se contrapõe

Mas não deixa de introspectar

Ser esse indomável

Mas sempre disposto a escutar

Se experimenta

Se degusta

Está sempre a se reinventar

No seu consciente, hoje, sabe que o maior problema, é a ignorância de si mesmo, que não deixará mais reverberar ....

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 12/03/2016
Reeditado em 28/01/2022
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