O tergiversante de si
Transeunte do cosmos
Vaga sem âncoras ao caminhar
Somente leva consigo
Um amor desinteressado para dar
Submerso em si mesmo
Transborda emoções em tudo que está a observar
Sempre reinventando suas concepções
E dançando sobre os clarões que aos poucos surgirá
Seu arcabouço de mazelas
Não o esconde
Vezes, vai visitar
Os segundos da sua bem-aventurança
Atuam como uma compensação a qualquer adversidade que há de encontrar
Em mergulhos profundos
Enxerga o que tem de aprimorar
Inóspito era o seu templo
Que hoje faz limpezas para adentrar
Cuida do corpo e sua alma
Para as mazelas não somatizar
Cheio de firulas filosóficas
Pensamentos que estão sempre há o acompanhar
Se contradiz
Se contrapõe
Mas não deixa de introspectar
Ser esse indomável
Mas sempre disposto a escutar
Se experimenta
Se degusta
Está sempre a se reinventar
No seu consciente, hoje, sabe que o maior problema, é a ignorância de si mesmo, que não deixará mais reverberar ....