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A QUEDA DO IMPÉRIO

                        “Já quebrantou o Senhor o bastão
                                 dos ímpios e o cetro dos dominadores.”
                                                              Isaias (14-5)


O pináculo sombrio
Em que hoje te assentas
– Torre dessa Província
Malograda e pobre –
Ruirá à força
De muitas tormentas.

...E cairá o nobre!
...E cairá o nobre!

Os tentáculos frios
Que teu corpo alimenta,
Quando o luto vier
Ao presságio do dobre,
Arrancados serão
Numa noite cinzenta.

...E chorará o nobre!
...E chorará o nobre!

Os teus máculos rios
Que teu sangue fomenta
Secarão suas águas
Até que nada sobre
Ao brandir na batalha
A espada sedenta.

...E findará o nobre!
...E findará o nobre!

E farão esses pobres
Um tão festivo dobre
Com mais pão que lhes sobre
Do despojo dos nobres.

...E virão por caminhos
Numa só direção
Sem pisar nos espinhos
Em busca de outro pão

...Nas veredas primeiras
Na certeza do amor
Na beleza da flor
À sombra das bandeiras!


                                                                                       SGV. (17/02/95)