POVO INOCENTE
Brasil, eterno país parado,
dito varonil, idolatrado,
és triste deitado, sem ação
– desperta-te da hibernação!
Aplaudido, ora censurado,
és, pois, o povo revoltado,
tão faminto e maltratado,
tamanha pobreza, um trapo.
São corruptos configurados,
cá ditos políticos de merda;
em Brasília, apenas deputados.
Safados do roubo programado,
odiados desta gente em perda
– ódio vivo, aceso, perpetuado!
Salvador, 2006.
Poema publicado na obra do autor Desabafo em versos (2006, p. 111).