Aparentado
Aquele raciocínio que nos leva a loucura
Tão livre, que não se sabe para onde ir
Tão firme, que desaba tudo ao sorrir
Nunca finge, senão diante de todos
E sobrevive na inconsistência da fé
Que desconfia até a morte, mas teme dizer
Vai que esteja errado, e na hora de morrer
Se arrepende de tudo, mesmo não havendo nada a fazer
A morte pensada, doi muito mais do que morrer
Quem diria, temos uma vida para pensar nisso
E enquanto isso, trabalho, dúvidas e busca
No aconchego do medo o lar se edifica
Com todos os seus valores, modelados amores
De controle, objetivo e determinação
Na família se cativa a união, sob controle
E a raiva e deceção, são parte, sofrimento menor
Tem uma formatura por vir!
Uma aposentadoria, tudo agora está certo
Mas falta a filha menor casar, os netos
Falta a vida continuar, e agora?
Quem poderá nos ajudar, vai começar tudo...
E novamente, a morte apressa a gente
Nascer, viver, família para sobreviver
E se familiarizar com a solidão
Acompanhado dos pares até o esperado acontecer
Se não houver algo pior, o inesperado
A dissolução do sonho, a vida resetada
Tudo novamente, jogo sempre tem
Quem precisa jogar