Palavra tirada a fórceps.
Deixar o líquido amniótico
Fluir entre os desejos.
Sair do ventre para beijar a boca,
Sentir o sangue correr nas veias.
Mover os dedos melados de placenta
Sobre o lençol branco de papel.
Sentir a contração dos versos
Querendo expulsar seu filho.
Pensar trazê-lo aos seios
Para alimentá-lo com ternura.
Vê-lo crescer lentamente,
Alinhavando sua postura.
E nas linhas maternais das letras
Embalar os seus sonhos,
Ensinando-o a compor a poesia
Com a mesma liberdade em que se criou a vida.
Deixar o líquido amniótico
Fluir entre os desejos.
Sair do ventre para beijar a boca,
Sentir o sangue correr nas veias.
Mover os dedos melados de placenta
Sobre o lençol branco de papel.
Sentir a contração dos versos
Querendo expulsar seu filho.
Pensar trazê-lo aos seios
Para alimentá-lo com ternura.
Vê-lo crescer lentamente,
Alinhavando sua postura.
E nas linhas maternais das letras
Embalar os seus sonhos,
Ensinando-o a compor a poesia
Com a mesma liberdade em que se criou a vida.