Derretimento

Como um boneco de cera

Se derretendo, caindo sobre si

Que já previa Salvador Dali

O tempo derrete tudo

Muda a forma sob o tabuleiro

As peças mudam de lugar

O corpo, onde agora está

O que é isso que há em mim?

Eu de verdade, o ego não pensa assim...

Estão todos olhando

Sem perceber nada

São despercebidos de observar

Em si se encontram

No corpo que buscam estar

Esse corpo que pouco descansa

Muito dele pensa, obseca

Sua e seca, seguidamente

Utopia do vazio mais raso

Derretendo, devagar,

Tudo passa rapidamente

A cabeça mais firme

Sustenta a massa sob a gravidade