Fios negros de Câncer
Entre várias
teias de aranha e bares,
sempre coexistindo
no som dos meus passos,
refletindo nas lentes dos meus
óculos.
A estrada vazia
segue.
Apenas cabelos negros,
como os que encobrem
Câncer,
apenas seu brilho
Azul,
lutando com o amarelo dos postes.
Agora apenas a escuridão.
Me guiam apenas o Azul
e o caderno.
A letra
em constelações,
é meu Cruzeiro do Sul.
E as árvores,
sabendo da verdade,
apenas derrubam suas folhas,
seja bem vindo
Meu inverno