SERPENTE MORDIDA - Poesia nº 32 do meu segundo livro "Internamente exposto"
Esse algo, que aqui sempre me consome,
É querer saber entender meu outro lado...
Para ele, eu não consigo achar um nome,
Mesmo que eu esteja quase acostumado.
Porém, nesta metade, já estou realizado,
Num corpo cobra que minha vida atraiu...
Foi no laço de amor por ela envenenado,
Que a mudança sem espera, me surgiu...
Nesta parte que sou, bem me conheço,
Vivendo dentro dos meus pensamentos,
A dormir comigo, entre todo o começo,
Doando-me pelos alegres sentimentos.
Em próprias presas sou possuído
E nunca me livrarei desta verdade...
Em sexo de homem eu fui construído,
E livre para amar, quem tiver vontade.
Quando nesta metade eu me reencontrei,
Vi em verdade, que dela jamais me separei,
Fiquei mais puro e realizado com meu destino.
Um presente, por ser e amar-se eterno menino!