Porteira no cerrado

a velha porteira no cerrado

de madeira e de saudade

traz ao sagrado imolado

o agreste em recordação

compondo verso calado

e tão suspiros ao coração

velha porteira do cerrado

atrás o sol vai descambando

entardecendo o sertão amado

meus sonhos vão debruçando

por ela passou o destino traçado

ficou as meninices ali soluçando

por ela fechou-se o meu passado

e em áridos versos vou memorando

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

06 de março de 2016 - Cerrado goiano

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/Zab28rhqKjQ

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 06/03/2016
Reeditado em 04/03/2022
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