O FAROL

Vagando pelos sonhos...

Singrei muitos mares;

Sem porto ou cidades,

À deriva em amores medonhos.

No revés da ilusão,

Repleto de amor,

A fugir da dor,

No escrever da canção.

Eu, da emoção refém.

Prisioneiro de mim,

Sem norte ou afins,

Incógnita razão do além.

E talvez um dia esse farol: o escrever;

Me traga enfim a soltura

E a solidão gerada nessa ruptura,

Me faça no abismo renascer.