FOMEcídio
 
 
As razões são raras e as rações caras,
O povo morre como canibais inconscientes,
Pessoas comendo pessoas, estamos doentes.
 
A linha do horizonte está rompida,
E já não podemos ir além da vida, 
Buscar nos sonhos a perturbação da ânsia.

 
Recomeçamos o infindo caminho do futuro,
Hoje maior que ontem no presente inseguro, 
Como se  fósseis fôssemos ou cães famintos.
 
Construímos nossas armadilhas, nossos abrigos,
Racionalizamos surtos com curtos instintos, 
Enquanto a fome do outro ainda não nos mata.
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 03/03/2016
Reeditado em 03/03/2016
Código do texto: T5562461
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