Inequação
Venho cultivando flores.
Dando-lhes sombra, água e conversas
Trocamos afetos, por que não?
Eu, com minha persistência
Elas, com suas manhas.
Agora exponho meus canteiros
Aos olhos do público são normais
Mas meus olhos os veem como oásis,
como cânticos, como estandartes.
Como o amor é diversificado!
Amo o belo, o feio e o passável.
Odeio a violência, o oportunismo e a falsidade.
Sou antenada, distraída e inquieta.
Viajo em ondas de frequências desordenadas
E aterrisso onde a poeira faz sua morada.
Sou assim, cheia de incógnitas não decifradas.