TREMOR NA MANHÃ
Marlene Constantino


Que seja finito,
esse grito angustiado,
no peito selado.
Grito descompassado,
sem passo...
desviado...
das linhas das mãos da vida.
Que seja desfeito
esse nó amarrotado...
amarrado...
largado no tempo, no peito 
nublado.
Que assim seja, finito
como a noite, o dia,
o vago...
Que seja solto e livre
no abismo de um beijo
infinito.
 "Tal esse que cantou na manhã
os lábios adormecidos!"
 
09/05/2009

 
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 03/03/2016
Reeditado em 15/05/2018
Código do texto: T5561841
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