AMO UM AMOR...

... que vem de mansinho,

chega sem ruído, devagarzinho,

E se apossa de mim, silenciosamente.

Amo esta ternura, nem sempre ternura

E, quando em arroubos, tem a doçura,

Que se esconde na paixão, tão somente

Amo este amor que me enternece,

E que aos poucos me enlouquece,

Sem temer o avanço de horas marcadas.

Quando o relógio anuncia a tua hora,

Prefiro não pensar que vais embora,

Fingindo-me adormecida ainda acordada.

Amo este amor que sai de mansinho,

Sem ruído, docemente, devagarzinho,

E se despede de mim silenciosamente.

Amo esta ternura, nem sempre ternura

Há pouco, o arroubo e, agora, doçura

Em vez da paixão. Amor somente!

Naget Cury, Março de 2015

Reeditado em Março de 2016

Najet Cury
Enviado por Najet Cury em 02/03/2016
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