Devolvo a luz fria
de sua paixão estendida
ao deserto jardim por onde eu passava
seguida por sombras de pássaros
de penas invulgares.
 
Devolvo-lhe os cantos vadios que resgatou
dos estilhaços das madrugadas,
e um sublimado vazio plantado
em leiras degeneradas.
 
Coloco incensos de Bach sobre a mesa
ao som de um luar engarrafado...
Bebamos do amor na limpidez resplandecente dos abismos,
pois o que nos foi é nada.  
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 01/03/2016
Reeditado em 01/03/2016
Código do texto: T5560133
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