SÓ OS TOLOS JULGAM EMOÇÕES

SÓ OS TOLOS JULGAM AS EMOÇÕES...

Num canto da alcova, sob um cofre inculto, um erário literário, temerário e apático.

Algo em que os néscios evitam e os cultos beiram...

Um tomo, um livro, uma história; um ato de amor, uma dedicatória; declaratória, com uma epístola sagaz, deixada por alguém capaz; a futuras gerações, resumidas numa única geração...

Espumas flutuantes, contendo versos derradeiros, daquele que em Navios Negreiros, avistou chão estrelado, de uma Liberdade motivada; sofrida Igualdade, de um mundo sem Fraternidade...

Pobre Mano condescendente, tolerante! Não teve tempo de concluir toda sua obra; sequer revelar seus tesouros a seus mais ambicionados arábigos mouros...

Saiba Grande sobrinho, vindouro Irmão; que seu pai, do Eterno Oriente, sabia que até mesmo o mais valente dos valentes, faz-se confuso diante de tal história! E ninguém alcança a Glória sem antes possuir sensibilidade e honra; e quando se chora diante do Belo, faz-se luz no Universo; sinaliza-se fulgores e clarões; e que nesse mundo em que vivemos, só os tolos julgam as emoções!

Carlos Henrique Mascarenhas Pires, desse Belíssimo Horizonte, Capital das Minas Gerais, nesse Oriente brasileiro, aos 29 dias de fevereiro, de um ano qualquer datado por algum freguês, de dois mil e dezesseis!

Versos dedicados a Francisco Magalhães, pai e filho; e ao poeta Mor, Castro Alves!

CHaMP Brasil
Enviado por CHaMP Brasil em 29/02/2016
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