Pés de Um Fantasista
Meus pés, poeiras ao vento...
Pés de quem anda,
anda por aí,
anda, canta, sorri, poetiza,
chora, grita, é jogador, leitor,
é estudante, é um sofredor,
é um vencedor, é cristão,
é um sonhador, é um amador.
Artista, da peça chamada vida.
Pés que deixaram, deixam...
Poeiras, dos avessos,
em que andarilhou...
Pés que traçam caminhos,
atalhos, que os levem ao fim
do labirinto, e que no deserto,
encontre oásis.
Pés de quem almeja luz,
gozo, vida e êxtase no amor...
Pés que caminham para a
pessoa amada, enchendo-a
de amplexos, carícias...
Eu devaneio lugares virgens.
Onde cor não é definição.
Onde amor é gratuito,
onde querer bem, é um prazer.
Onde abraço seja remédio,
onde o amor seja êxtase.
Caminho por aí,
Pés cansados e vividos,
de um alguém que fica,
à espera de amplexos sinceros,
dos sorrisos cotidiano,
de lugares virgens...
Vou deixando, poeiras por aí...