Pés de Um Fantasista

Meus pés, poeiras ao vento...

Pés de quem anda,

anda por aí,

anda, canta, sorri, poetiza,

chora, grita, é jogador, leitor,

é estudante, é um sofredor,

é um vencedor, é cristão,

é um sonhador, é um amador.

Artista, da peça chamada vida.

Pés que deixaram, deixam...

Poeiras, dos avessos,

em que andarilhou...

Pés que traçam caminhos,

atalhos, que os levem ao fim

do labirinto, e que no deserto,

encontre oásis.

Pés de quem almeja luz,

gozo, vida e êxtase no amor...

Pés que caminham para a

pessoa amada, enchendo-a

de amplexos, carícias...

Eu devaneio lugares virgens.

Onde cor não é definição.

Onde amor é gratuito,

onde querer bem, é um prazer.

Onde abraço seja remédio,

onde o amor seja êxtase.

Caminho por aí,

Pés cansados e vividos,

de um alguém que fica,

à espera de amplexos sinceros,

dos sorrisos cotidiano,

de lugares virgens...

Vou deixando, poeiras por aí...

Léo da Silva
Enviado por Léo da Silva em 29/02/2016
Reeditado em 08/11/2016
Código do texto: T5558870
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