OLHOS DOS MEUS OLHOS

Tu já fostes amada,

A sombra da minha sombra,

Tu já foste minha amada

Os olhos dos olhos meus,

Mas o destino tão cruel,

Me fez conhecer outros amores,

Amores do teor do mar,

Amores com gosto de mel.

E carecente vaguei tão indolente

Das chagas impávidas que me consumiram.

Gritei entre gritos colombinos,

Rastejei por teu amor percutindo,

Olhando com os olhos teus.

Deus das divindades-titãs das auroras,

Coloridas foste minha hora,

Nos decálogos que inventei.

E deste amor das fileiras peregrinas,

Ainda se convence nesta fila,

O bradar de um grito meu.

Simples como as manhãs que se desmancham,

A espera de uma tarde em busca de um lazer,

Mais não serei tão triste quando no ontem,

Não mais verei estas fontes,

Não mais haverei de sofrer.

Arthur Marques de Lima Silva

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26/02/2016

ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
Enviado por ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA em 26/02/2016
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