SORTE
Pouso a mão na tua mão,
Mulher do riso dourado,
De pés descalços no chão
E de vestido enfeitado.
Em nome da sorte então,
Descreves o meu passado,
As aventuras em vão
E tudo o mais segredado.
Podes até ter poderes,
Fazer adivinhação,
Mas a mim tu não enganas.
Os meus olhos têm saberes,
Enxergam o coração...
És minha sorte ó cigana!