Certezas
O que se pode abstrair de um sorriso
Torto, que inunda o rosto e traça paraíso
Absorto sob olhar morto, gesto preciso,
Posto que roto e o espelho encara feito narciso?
Se há juízo no ato falho de afrontar o céu
E é prejuízo insistir no fato insensato de macular o egoísmo,
é mais que preciso não ser exato ao provar do mel
mesmo que indeciso, precipitar-se a jato rumo ao abismo.
Não, na vida não há espaços para verdades
Meias, se o sangue enche e transborda as veias
Existe mesmo quem se entrega por inteiro: lealdades... Bah!
Fugas no tempo , no espaço ou vento, constroem metades
Cheias de restos do nada, contos de fada, verdades-meias
Feito fantasmas, não deixa marcas, e nem saudades