Conversando com borboleta, quase cega -fase azul-
DEDICADO A 'PROFESSORA DE LITERATURA':
QUERIDA AMIGA: LUANDRO.
Nada existe fim, estamos sempre,
nos transformando ao início de tudo.
Tony Bahia@.
Conversando com borboleta, quase cega.
Piso de pés descalços
No chão da terra
No quintal e no jardim
Leve brisa
Passa por mim.
Roupas no varal
Lua branca, emudecida
Flutua no céu
Nem um canto de pássaro
Nem um ladrar de cão
O silêncio e a solidão
Passando a agigantar-se.
No aconchego
Do perfume das flores.
Carregando em andores
As letras
E as dores
Conversando com borboletas.
E a borboleta
Queixando-se com rosas
Ficou cravada de espinhos.
Um passarinho com bico incomum
Foi retirando os espinhos
Um a um.
O que houve borboleta:
- Estava distraída
- Pensando: - Quase cega,
- No Sol e no Sal da vida.
Tony Bahi@.