Bati na casa que não era de ninguém
E ninguém abriu a porta.
Como não havia ninguém,
Ninguém se incomodaria se eu entrasse.
Entrei na casa e ninguém me recebeu.
Sentei na poltrona vazia
E pensei o que eu fazia ali.
Ninguém me respondeu ao silêncio,
Ninguém me negou água,
Ninguém me convidou para dançar,
Mesmo estando a velha vitrola
Encostada na janela aberta.
Não havia pássaros no quintal,
Nem flores no jardim,
Não havia ninguém para mim.
O assoalho coberto de pó,
Uma meia velha pendurada na lareira,
Mas ninguém fez um pedido de Natal.
Ninguém refletido no espelho
Ou espatifando pratos vazios.
Insetos secos nos lustres
Que guardavam lâmpadas queimadas.
Onde havia me sentado não era um lugar
No qual ninguém poderia sentar.
O eco dos meus pensamentos
Cruzava com os ventos lá de fora,
Mas lá fora também não havia ninguém.
Ninguém para vestir, ou despir,
Ninguém para iludir,
Ou sonhar,
Ninguém para amar.
No relógio, meio-dia era para sempre,
Ou meia-noite era para sempre...
E ninguém abriu a porta.
Como não havia ninguém,
Ninguém se incomodaria se eu entrasse.
Entrei na casa e ninguém me recebeu.
Sentei na poltrona vazia
E pensei o que eu fazia ali.
Ninguém me respondeu ao silêncio,
Ninguém me negou água,
Ninguém me convidou para dançar,
Mesmo estando a velha vitrola
Encostada na janela aberta.
Não havia pássaros no quintal,
Nem flores no jardim,
Não havia ninguém para mim.
O assoalho coberto de pó,
Uma meia velha pendurada na lareira,
Mas ninguém fez um pedido de Natal.
Ninguém refletido no espelho
Ou espatifando pratos vazios.
Insetos secos nos lustres
Que guardavam lâmpadas queimadas.
Onde havia me sentado não era um lugar
No qual ninguém poderia sentar.
O eco dos meus pensamentos
Cruzava com os ventos lá de fora,
Mas lá fora também não havia ninguém.
Ninguém para vestir, ou despir,
Ninguém para iludir,
Ou sonhar,
Ninguém para amar.
No relógio, meio-dia era para sempre,
Ou meia-noite era para sempre...