EM ROMANCES


Vivia a quietude dos mortos felizes
Na falta do que nem supunha ser seu –
Deserto de ser todo a soma das crises,
Saudades do que nunca teve...Desceu
A infernos, amenas paixões em reprises
Mudando volátil cenário em dossel.
Mulher que o aguardasse nas noites que perde,
Viria, improvável, da ausência de verdes?
 
Em cada calar pressentida nas chances
Surgiu, céu de oásis que ao peito ainda ofensas
Falou, mais serena que a brisa em nuances
De dias de amor e de vidas imensas,
Que amar foi dialeto do par em romances.
Destino os uniu sem tropeço ou licenças
E os dias vencidos, por fim coerindo,
Recolhe-os um deus distraído, mas lindo.



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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 24/02/2016
Reeditado em 28/02/2016
Código do texto: T5554208
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