senilidade



o coração não bate
com o mesmo vigor
a face tem outra cor

ao erguer-se da cadeira
contorce-se de dor

a visão está turva
não separa folha da flor

seus direitos fundamentais
tornaram-se banais

não se humilha mais
com seus atos fecais

os pruridos morais
ficaram para trás

os pés não movem
com a antiga pressa
há rugas espessas


 
Este poema é o desfecho da crônica Senilidade, que faz parte do meu livro Filhos da Terra - página 177 - edição do autor - 2009 - esgotado.

Capa: Berzé
Editoração eletrônica:Fernando Ferreira Estanislau



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