ANJO SENIL

Ela, louca, rodopiava

Cantalorava cantigas de roda

Tinha nos olhos azuis

O infinito do meu olhar

Porém nas águas tranquilas

Do seu límpido olhar

Via-se que não havia lucidez

Era apenas o mar desvairado

Eu percebia nela

A candura dos anjos

Mas pela falta de banhos

Cheirava a leite qualhado

Apenas em algumas horas

Nós éramos dois solitários

Quando juntávamos nossa fome

Que os fios do macarrão desenrolava

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16.02.16

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 24/02/2016
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