BEIJA-FLOR INDECENTE

Beija-flor indecente

Introduziu seu bico fálico

Sob uma saia de pétalas

Indo ao fundo do gineceu

Rompendo o hímen de pólen

Da virginal flor, estremecendo

Sua base e sua corola sem pudores

Roubando seu doce mel

Com sua língua comprida

Lambendo-a sem remorso

Deixando-a mole e liberta

Dos seus antigos gozos reprimidos.