os suicidas também amam *

quando sonho-te
minhas mãos enchem-se da tua pele
trago nas entrelinhas do meu olhar todas as tuas palavras
até as não ditas
quando te penso perto de mim.

vocifero teu nome aos céus
os precipícios desse sentir
devolvem-me teu ser
no eco de querer-te aqui.


meus dedos cantam-te
na miscelânea que sonho
sem escolhas tardias
apenas amor
soletrado nas letras do desejo.


sim, há vontades que se ajustam
nos contornos plenos
do que se imagina ser
encontro soberbo.


há um poema descompassado
nas linhas do meu peito
e nele sinto-te
-além da morte-
verdade que me veste
entrelace perfeito.

Karinna*
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Karinna
Enviado por Karinna em 22/02/2016
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