Te saúdo em vida, inegável morte!
Em tua casa ainda farei morada.
Mas enquanto me restar tempo,
Tenho por ti uma amizade afastada.
Não em teu colo deitarei meu sono,
Tua boca não dirá meu nome,
Teu abraço, eu direi, distante,
Antes que chegue a abominável hora.
Passo com os pássaros a voar na noite,
Abro as asas para os horizontes,
E qualquer dia, que não seja agora,
Sempre será o dia de ontem.
Nem que afronte o próprio Deus – ó credo –
Não me curvarei com medo.
Seguirei valente sem perder caminho,
Mesmo só enfrentarei minha sorte.
Não ouse interromper meus passos,
O meu destino, eu mesmo faço,
Morrerei sim, e voltarei menino,
Na encarnação do bem, no qual eu me disfarço.
Em tua casa ainda farei morada.
Mas enquanto me restar tempo,
Tenho por ti uma amizade afastada.
Não em teu colo deitarei meu sono,
Tua boca não dirá meu nome,
Teu abraço, eu direi, distante,
Antes que chegue a abominável hora.
Passo com os pássaros a voar na noite,
Abro as asas para os horizontes,
E qualquer dia, que não seja agora,
Sempre será o dia de ontem.
Nem que afronte o próprio Deus – ó credo –
Não me curvarei com medo.
Seguirei valente sem perder caminho,
Mesmo só enfrentarei minha sorte.
Não ouse interromper meus passos,
O meu destino, eu mesmo faço,
Morrerei sim, e voltarei menino,
Na encarnação do bem, no qual eu me disfarço.