Hipérbole
Por vezes sou exagero completo
Escrever pode ser hiperbólico
Entro nas ciladas que crio
Labirintos gigantes
Onde meu grito é surdo.
Saber-se é indefinido
Cumpro o prometido
Mas minha alma
Não sabe onde anda.
O extremo aparece
Quando sei que erro
Acentuo o erro
Deixo como vísceras a mostra
E isso me dói
Como uma faca na garganta
Onde me machuco.
Queria não pesar nos ombros ofertados
Já valeria minha vida.
Mas talvez esses já estejam fartos
Do meu caminhar errante
Onde não consigo me governar.