Peripécias do acaso X escolhas

O acaso não existe

Pincelamos gradualmente

O que há de nos acompanhar

E nas diminutas escolhas do dia-a-dia

Desenhamos as experiências que viremos a experimentar

Vezes, inconscientes dessas escolhas

Acabamos por nos vitimizar

Achamos que tudo são indícios do acaso

Que vieram nos encontrar

Colapsamos funções de onda

Estamos sempre a vibrar

E em dado momento

Aquilo que pensamos, ocorrerá

Não há erros

Só há lições

Estão ai para nos lapidar

Nessa grande escola da existência

Que continuemos sempre a caminhar

Tudo passa

Tudo esta passando

Tudo cessa

Tudo vai cessar

Nessa complexa impermanência

Se construa, viva e vá se alegrar

Não damos conta de tudo

Nem tudo que gostaríamos

Iremos concretizar

Por isso, preste atenção nas escolhas

E desfrute o que dá

Vida dividida em episódios

Altera identidade, pessoas e lugar

Se o coração pulsar o amor

Não há com o que se preocupar

Seguindo parco o destino

Vou derribando o que há de incomodar

Se vitimizar para quê, meu caro amigo

Se é tudo fruto do seu pensar

Mesmo não escolhendo

Estamos escolhendo

São objetos para analisar

Assim como podemos manipular nossos rumos

Outros rumos, podemos também manipular

Hombridade nas suas escolhas

São elas que irá de experimentar

Fidelidade ao que te apetece

E que continuemos a caminhar ...

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 21/02/2016
Reeditado em 28/01/2022
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