CALA A BOCA
Cala a boca tu, que não és bárbara,
Deixa de lado tuas forasteiras palavras.
Nasceste muito mais para helena,
És arché, essência primordial,
Physis humana
Não vês?
Engole teus diálogos infrutíferos,
Oh, tu que foste decapitada!
És o princípio de tudo, és helena
Luminosa, forte personalidade.
Por que te humilhas se disto não necessitas?
Não és bárbara, definitivamente
És helena, luz do sol.
Cala a boca e rasga o papel
Erroneamente compreendido.
Enganaram-se na figura a ti atribuída, cala a boca!
Não monologues mais,
Mutável tu és, arché
Transforma-te e, daquela inventada, pratica o êxodo,
Usa a liberdade da tua natureza,
É teu direito, jus naturale.