CONVENTO
CONVENTO
Fernando Alberto Salinas Couto
Naquela velha cidade
batem sinos, ao longe
e o Sol se esconde...
Melancólico fim de tarde,
pelas ruas onde um monge,
em busca de sacrilégios,
por onde quer que ande.
Vê nos outros privilégios
que são de uma vida normal,
desfrutando lindo arrebol.
Estranho é o sentimento
de quem escolheu, um dia,
fugir da realidade,
colocando- se n'um convento,
crendo que toda fobia
que perverte o ser humano,
só encontra seu alento
no excesso de liberdade
de um mundo louco e profano.
Aos poucos ele descobre
que o bem e o mal já estão
no interior de cada um;
seja rico ou seja pobre...
A índole domina o coração
de todo ser humano comum,
esteja no mundo integrado
ou até, da sociedade, isolado.
RJ - 20/02/16