O tanto de vida que nos cabe,
No fim, cabe num caixão.
Quanto mais se vive, menos se sabe,
É a lei da regressão.
O tempo não nos abate,
O que nos mata é a solidão,
Pois tudo o que vive, morre,
O adeus é a redenção.
Nada deixamos
Que nos sirva para onde vamos,
Levamos somente a saudade
E uma alma no coração.
Sempre é um advérbio
Para quem está vivo,
Mas sempre que se morre
Morre-se substantivamente.
E se a morte nos assombra,
Que a sombra da vida nos proteja,
Afinal,
Nascemos semente, morremos grão.
No fim, cabe num caixão.
Quanto mais se vive, menos se sabe,
É a lei da regressão.
O tempo não nos abate,
O que nos mata é a solidão,
Pois tudo o que vive, morre,
O adeus é a redenção.
Nada deixamos
Que nos sirva para onde vamos,
Levamos somente a saudade
E uma alma no coração.
Sempre é um advérbio
Para quem está vivo,
Mas sempre que se morre
Morre-se substantivamente.
E se a morte nos assombra,
Que a sombra da vida nos proteja,
Afinal,
Nascemos semente, morremos grão.