O tanto de vida que nos cabe,
No fim, cabe num caixão.
Quanto mais se vive, menos se sabe,
É a lei da regressão.
 
O tempo não nos abate,
O que nos mata é a solidão,
Pois tudo o que vive, morre,
O adeus é a redenção.
 
Nada deixamos
Que nos sirva para onde vamos,
Levamos somente a saudade
E uma alma  no coração.
 
Sempre é um advérbio
Para quem está vivo,
Mas sempre que se morre
Morre-se substantivamente.
 
E se a morte nos assombra,
Que a sombra da vida nos proteja,
Afinal,
Nascemos semente, morremos grão.
 
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 20/02/2016
Reeditado em 20/02/2016
Código do texto: T5548936
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