Atrás das pedras se esconde um pássaro
Que canta as coisas que viu dos céus.
Ele canta as luzes das cidades
E a velocidade de sua gente,
Como se uma vida só não lhes bastasse.
Ele canta os peitoris de tantas janelas
E quão belas são suas moradas,
Como namoradas eternas
Desta Lua que não lhes incomoda.
Canta os rios que se distraem
Varrendo os seus caminhos,
Deixando as águas limpas
Para abraçarem o mar.
Canta as primaveras e suas flores
Que lotam de flores todos os lugares,
E quantos lares ficam a sorrir
Somente sentindo o seu existir.
Ele canta as ruas que se cruzam
Como macho e fêmea no cio,
No desvario desordenado
De suas máquinas de ferro.
Canta também as cachoeiras
Que altaneiras descem aos montes
Imperiosamente suplicantes.
E do ouro que avistam
Trocando de mão em mão
Comprando o coração
De quem os cultiva.
Ele canta as moças que se encantam
Quando ouvem o seu gorjear
E usam-no como pretexto para amar.
Canta a beleza das flores
Das quais se enxergam seus aromas.
E o perfume que desnorteia
Até o amante mais cauteloso.
O pássaro canta o que viu
Nas noites que voou sem rumo
Apenas imaginando o seu noturno
Como o abraço de um sonho.
Ele canta o que na vida
Outros não podem cantar,
Pois os céus cabem aos pássaros,
E a nós, cabe somente amar.
Que canta as coisas que viu dos céus.
Ele canta as luzes das cidades
E a velocidade de sua gente,
Como se uma vida só não lhes bastasse.
Ele canta os peitoris de tantas janelas
E quão belas são suas moradas,
Como namoradas eternas
Desta Lua que não lhes incomoda.
Canta os rios que se distraem
Varrendo os seus caminhos,
Deixando as águas limpas
Para abraçarem o mar.
Canta as primaveras e suas flores
Que lotam de flores todos os lugares,
E quantos lares ficam a sorrir
Somente sentindo o seu existir.
Ele canta as ruas que se cruzam
Como macho e fêmea no cio,
No desvario desordenado
De suas máquinas de ferro.
Canta também as cachoeiras
Que altaneiras descem aos montes
Imperiosamente suplicantes.
E do ouro que avistam
Trocando de mão em mão
Comprando o coração
De quem os cultiva.
Ele canta as moças que se encantam
Quando ouvem o seu gorjear
E usam-no como pretexto para amar.
Canta a beleza das flores
Das quais se enxergam seus aromas.
E o perfume que desnorteia
Até o amante mais cauteloso.
O pássaro canta o que viu
Nas noites que voou sem rumo
Apenas imaginando o seu noturno
Como o abraço de um sonho.
Ele canta o que na vida
Outros não podem cantar,
Pois os céus cabem aos pássaros,
E a nós, cabe somente amar.