Ai, pobre coração,
Que bate sem cessar!
Não sabe se palpita à toa,
Ou bate de tanto amar.
Coração no meio do peito,
Ar rarefeito de paixão.
Ilusão para os olhos,
Sentimentos nas mãos.
Coração porta de bar,
Embriagando-se para esquecer
Quem tanto lhe fez chorar.
Vive um passado que já foi futuro,
Um outono a cada momento
Em que sopram os ventos da solidão.
Em meio às palavras,
Coração se consagra,
E sangra.
Então, coração pequeno,
Que grita neste mundo gigante,
Tudo poderia ter sido, ao menos,
Diferente...
Sei que o coração tem memória
E nenhuma história de amor morre
Enquanto o pulsar das veias
Continuar latente.
Ah, coração que chora
E deixa o peito vazio...
No frio do inverno
Que em inferno se transformou,
No momento em que despertou
De um sonho que não sonhou.
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 19/02/2016
Código do texto: T5548761
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