Poema Urbano
O meu silêncio sequestrou o medo de dizer,
Estrelas como neons de fantasmas letrados,
E eu, mudo, como a estátua da praça vazia,
Cagado na alma pelos pássaros habituados,
Esperava apenas no seu sorriso, a sua pele.
O cinza do granito frio a vomitar bílis na rua,
A molhar de ácido e álcool a nossa saudade,
A esperança apagada no poste ainda aceso,
Sua sombra partindo no meio da luz da lua,
Meu tolo poema urbano morto aos seus pés.