Poema Urbano
 
O meu silêncio sequestrou o medo de dizer,
Estrelas como neons de fantasmas letrados,
E eu, mudo, como a estátua da praça vazia,
Cagado na alma pelos pássaros habituados,
Esperava apenas no seu sorriso, a sua pele.
 
O cinza do granito frio a vomitar bílis na rua,
A molhar de ácido e álcool a nossa saudade,
A esperança apagada no poste ainda aceso,
Sua sombra partindo no meio da luz da lua,
Meu tolo poema urbano morto aos seus pés.
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 19/02/2016
Reeditado em 21/02/2016
Código do texto: T5548740
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