Saudade da terra e do mar
O espírito desceu como um vento forte
Assoviou como o vento feroz
Apossou-se do meu corpo fulgural
Me fez prostrar como uma doentia fera
No tempo quente
O calor de sua boca falsa
Fez arrepiar os cabelos presos
Aportou no colo de meu corpo coberto
Sorrindo com os lábios alegres
Com os olhos fisgados
Olhando a brisa do mar
Respirando o puro ar da terra fértil
Falando comigo mesmo
Pensando no amor e na vida que o tempo dá
Sentindo o cheiro das folhas e flores do campo
Esperando o convite para o acolhimento noturno