Farto de tanta hipocrisia
Troquei a ira pela poesia.
Podem me tirar a vida,
Mas não roubarão meus pensamentos.
Condenarei (antes de julgado)
Qualquer falta aritmético quociente,
Toda atitude impensada,
Como citar paisagem
Com algo que não possa ser visto.
Rimas desnecessárias,
Bocas inutilmente abertas,
Letras ajuntadas sem sentido,
Ouvidos que “houvem”,
Línguas ensebadas de papel,
Olhos que não enxergam o céu.
Tornarei a óbito as reticências
E mandarei à merda
Qualquer impulso que denote paciência.
Quem disser que sou inteligente
Perderá um dente.
Que a liberdade de não fazer nada
Seja respeitada.
A mulher amada seja a única,
Antes da próxima.
Haverá um cu para cada pontapé.
Cada protesto com propósito social
Resultará em mais um presidenciável sem moral.
O mal jamais será banido,
O que está feito, está feito,
Fodeu.
E os poetas destemidos
Munidos de pena e tinta
Apenas crivarão de letras
Mais um papel manchado de sangue.
Troquei a ira pela poesia.
Podem me tirar a vida,
Mas não roubarão meus pensamentos.
Condenarei (antes de julgado)
Qualquer falta aritmético quociente,
Toda atitude impensada,
Como citar paisagem
Com algo que não possa ser visto.
Rimas desnecessárias,
Bocas inutilmente abertas,
Letras ajuntadas sem sentido,
Ouvidos que “houvem”,
Línguas ensebadas de papel,
Olhos que não enxergam o céu.
Tornarei a óbito as reticências
E mandarei à merda
Qualquer impulso que denote paciência.
Quem disser que sou inteligente
Perderá um dente.
Que a liberdade de não fazer nada
Seja respeitada.
A mulher amada seja a única,
Antes da próxima.
Haverá um cu para cada pontapé.
Cada protesto com propósito social
Resultará em mais um presidenciável sem moral.
O mal jamais será banido,
O que está feito, está feito,
Fodeu.
E os poetas destemidos
Munidos de pena e tinta
Apenas crivarão de letras
Mais um papel manchado de sangue.