EU SOU... TU ÉS...
Eu sou a espera infinita!
Não me canso de olhar aflita
A linha do horizonte a nos separar.
São dois extremos indomáveis,
Começo e fim inabaláveis,
Paralelos que insistem
Sem poderem se encontrar.
Tu és a distância infinda,
Do outro lado dos montes,
Onde o amanhecer se esconde,
Temendo que a noite não o deixe voltar.
Separa-nos o arco-íris de incríveis nuances,
Esta ponte que sonhadores amantes,
Sonham um dia atravessar!
Serás sempre esta distante linha
Do horizonte, dolorosa sina,
Dos contrastes, cujo destino é a solidão!
Eu sou a espera infinita,
Tu és a distância de minha alma aflita,
E, na eternidade, somos a separação!
Naget Cury, Agosto de 2013.
Reeditado em Fevereiro de 2016.